A História do Baixo em vídeo – The Instrumentals: CDZA

Há várias maneiras de contar as histórias das coisa. Uma delas são narrativas em livros, os documentários são outros meios assim como a própria oralidade. Mas com advento de novas mídias, a facilidade de incrementar a forma como uma história é contata se ampliou consideravelmente e pode ser feita por qualquer um que tenha um bom roteiro e uma boa idéia.

Este é o caso do Story of the Bass, o quarto episódio da série The Instrumentals do grupo CDZA. O grupo usou de 45 músicas com 9 instrumentos diferentes para mostrar um caminho que o contrabaixo percorreu ao longo de quase três séculos. Particularmente, acho que a história começa mais atrás com instrumentos se não com Tromba Marina, pelo menos com o Violone. Questão pessoal, apenas. De qualquer forma, vale apreciar o vídeo.

Story of the Bass

Caso não acompanhe as legendas em inglês, abaixo há a lista ordenada do que aparece no vídeo, incluindo instrumentos e canções.

Predecessor

Viola de Gamba

  • J. S. Bach: “Prelúdio da Suíte para Cello II” (1740)

Contrabaixo Acústico

Escola Alemã

  • Domenico Dragonetti: “Concerto em A maior” (final de 1700)

Escola Francesa

  • Giovanni Bottesini: “Concerto em B Maior” (meio do século 1800)

Popularização

  • Serge Koussevitsky: “Concerto em E maior” (1900s)

Jazz

  • Akst/Lewis/Young: “Dinah” (1925) e introdução do pizzicato imitando a tuba
  • Duke Ellington/Irving Miles: “It don’t mean a thing” (1931) com walking bass em desenvolvimento no padrão de 4 notas por Welmann Braud.
  • Duke Ellington: “Jack The Bear” (1940) início de destaque ao instrumento no jazz com Jimmy Blanton.
  • Oscar Peitiford: “Tricotism” (1952) e os solos começam a aparecer.
    Charles Mingus: “Better get in your soul” (1964)
    Paul Chambers: “So What” (1958 – Miles Davis)

Country

  • The Maddox Brothers: Paul Bunyan Love (1956) e começa a aprecer o slap em estilo rockabilly

Contrabaixo Elétrico

O primeiro contrabaixo elétrico é introduzido em 1951 por Leo Fender

Primeiros anos e Motown

  • Lionel Hampton: “Blue Boy” (1955) com Mark Montgomery sendo um dos primeiros à adotar o novo instrumento
  • Steve Wonder: “Uptight Everything’s alright” (19605) com a Motown dominando o cenário, o contrabaixo começa a aparecer também, sobretudo, com o baixista James Jammerson e seu estilo de tocar em groove.
    The Marvelets: “Please Mr. Postman” (1961)
    Nickolas Ashford & Valerie Simpson: “Ain’t no mountain high enough” (1966)

Rock n Roll e Funk

  • Lenon & Mccartney: “Twist and Shout” (1961) e as linhas de baixo começam a aparecer
    George Harrison: “Taxman” (1966)
    Gordy PerrenMizelland/Richards: “I want you back” (1969)
    James Brown: “I got you – I feel good” (1965)
  • The Who: “My Generation” (1965) e novas técnicas vão sendo adicionadas ao contrabaixo, por exemplo, com o  John Entwistle
    Sly and The Family Stone: “Thank you” (1969) com introdução do slap por Larry Graham
  • Stevie Wonder: “Sir Duke” (1976) e as linhas tomam ainda mais importância, se tornando memoráveis com Nathan Watts
    Led Zeppelin: “Black Dogs” (1971) com John Paul Jones
    Yes: “Roundabout” (1971) com Chris Squire
    Pink Floyd: “Money” (1973) com Roger Waters
    Led Zeppelin: “The Ocean” (1973)

Jazz/Fusion

Jaco Pastorius: “Teen Town” (1977). Jaco remove os trastes de seu contrabaixo, emulando o acústico, e cria uma nova linguagem para o instrumento.

Disco/Dance Music

  • The Commodores: “Brick House” (1977) e inicia-se a era de ouro do contrabaixo com a dance e disco.
    Parliament: “Flash Light” (1978)
    Lynn/Paich/Foster: “To Be real” (1978)
  • A Taste of Honey: Boogie Ogie Ogie (1978) e as linhas de baixo começam a ser a parte mais importante das músicas pop
    Chic: “Good times” (1979) além das mais distintivas
    Queen: “Another one Bites the Dust” (1980)
    Rick James: “Super Freak” (1981)
    Queen: “Under Pressure” (1981)
    Michael Jackson: “Billie Jean” (1983)

New Wave/Synth

  • Oingo Bongo: “Weird Science” (1985) e o contrabaixo começa por um período sintetizado em teclados ou outros aparelhos
    Eurythmics: “Sweet Dreams” (1983)
    A-ha: “Take on me” (1985)

Chapman Stick/Upright

  • Magic Dad: “Plumber Funk” (1986) com a introdução de novos instrumentos como o Chapman Stick que é tocado em tapping
    King Krimson: “Thela Hun Ginjeet” (1981) com o upright com Ned Steinberg.

Funk reaparece

  • Red Hot Chilli Peppers: “Around the world” (1999) principalmente com Flea.

Solos

  • Victor Wooten: “Classical Thump” (1996) peças dedicadas ao contrabaixos com músicos dedicados.

Contrabaixo Acústico

  • Edgar Meyer: “Froglike” 1990 e as coisas começam a voltar ao início novamente.

Salto tecnológico

  • Skrillex: “Scare Monsters and Nice Sprites” (2010) aprimoramento de sintetizadores e outras tecnologias abrem outras possibilidades sonoras para os baixistas.
Comentários
  1. Gabriel

Deixe sua mensagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *